Função sintática

Dúvidas / Discussões gerais sobre a Língua Portuguesa.

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Função sintática

Mensagempor YuriFags » Sexta Set 11, 2009 8:27 am

TRIBUNAL DE JUSTIÇA (SP) – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO

Marque onde o termo em destaque não representa a função sintática ao lado:

a) João acordou doente. (predicado verbo-nominal)
b) Mataram os meus dois gatos. (adjuntos adnominais)
c) Vendem-se livros. (sujeito)
d) Eis a encomenda que Maria enviou. (adjunto adverbial)
e) A idéia de José foi exposta por mim a Rosa. (objeto indireto)
YuriFags
 
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Resposta.

Mensagempor Gustavo_HSAL » Domingo Set 27, 2009 10:48 pm

Olá, Yuri. Essa questão é bem simples.

Vou à letra a e digo que acordou doente é, a princípio, predicado porque, no sintagma oracional, é determinante do sujeito, ou seja, é o termo que contém tudo o que se diz do sujeito. Importante é, no entanto, lembrar que há também o predicado especial, que não se refere ao sujeito e aparece, obviamente, quando está presente verbo impessoal. Essa ideia leva alguns gramáticos a corrigir o ensino de sintaxe, afirmando que termo essencial mesmo é só o predicado. O predicado da oração da letra a é verbo-nominal porque tem um nome (doente) e um verbo (acordou) como núcleos.

Na letra bê, os, meus e dois são adjuntos adnominais, ou seja, são termos acessórios da oração. Determinam o termo gatos. Os é artigo e, por ser artigo, é classificado como adjunto adnominal (Isso! A gramática escolar é peremptória!); o mesmo ocorre com o pronome adjetivo meus e com o numeral dois. Isso é o que ocorre, e fim de papo (rs.).

Na letra cê, tem-se caso de verbo na voz passiva pronominal (atente-se na concordância dele com o sujeito). O termo livros é sujeito paciente. A semântica de frases semelhantes à descrita na cê gera rebuliço e ventilação entre linguistas, mas nada disso parece atingir a boazinha gramática escolar.

Na letra dê, o relativo que integra o sentido do verbo enviou, da oração oração subordinada adjetiva restritiva; esse pronome é, portanto, classificado como objeto direto. O referente semântico do relativo é encomenda, mas não é este termo que exerce a função de objeto direto do referido verbo. Que não haja confusão: o relativo que é que é o objeto direto, e não o seu referente semântico.

Na letra e, a oração, que é absoluta, traz verbo na voz passiva analítica. A locução verbal foi exposta, nesse período, é transitiva direta e indireta; a idéia de José é o sujeito paciente; por mim é o complemento agente (agente da passiva); e a Rosa é o complemento indireto (objeto indireto).

A opção que deve ser marcada é a letra dê.

Um abraço. Até outros tópicos.
Gustavo_HSAL
 
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